Por estarem presentes
no dia a dia das crianças, os meios de comunicação, na maioria das vezes, são
vistos como vilões sutis que influenciam as crianças, tanto por pais quanto por
professores. Segundo a linha Regiane Ribeiro a admiração que as crianças tinham
por seus pais, avós e tios são transferidas na adolescência aos atores,
atrizes, cantores, jornalistas e apresentadores da televisão, cinema, rádio,
internet. Este é um dos motivos que faz de extrema importância a escola
trabalhar os meios de comunicação e também ensinar o aluno a receber da forma
mais proveitosa possível a quantidade gigantesca de informações a qual é
exposto todos os dias.
No bojo desta
discussão, autores como Genevière Jacquinot (1998), revela em seus estudos que
é importante reconhecer que não existe somente um saber midiático e outro saber
escolar. Primeiro porque seja ou não de nossa vontade os alunos irão ter
contato com o mundo além de casa e depois porque a escola e os meios de
comunicação possuem pontos em comum sendo o que se aprende na escola pode
ajudar a compreender o que eles veem na mídia e vice-versa.
A partir de 1940
mudam-se os impactos dos meios de comunicação na educação e sobre o que se
acreditava de comunicação pedagógica, a qual enfatiza uma educação
unidirecional de emissor para receptor e “diabolizavam” a relação
escola-televisão, fazendo com que os professores temessem esta relação em
particular.
O
que observamos atualmente é que os professores utilizam, por exemplo, de
fotografias, reportagens e cinema, que ao serem apresentados aos alunos, quase
sempre funcionam como ilustração, complementação ou substituição de algum
conteúdo das várias disciplinas e não estão revestidos de profundidade e
contextualização.
O uso das tecnologias em sala de aula devem ser vistos não
como solução milagrosa ou um novo método de ensino, eles são uma forma de ensinar que
foi gerada pela necessidade de se aproximar os conteúdos das disciplinas ao
mundo a uma realidade. É uma nova compreensão do processo de ensino
aprendizagem onde o cotidiano também faz parte. Ao se usar filmes ou jogos é
preciso haver um objetivo maior que apenas deixar a aula mais interessante e
envolvente para prender a atenção dos alunos, a preocupação tem que ser de
entender o processo de construção de raciocínios sobre a realidade a partir das
imagens do cotidiano e que eles possam produzir uma leitura mais critica e
elaborada em cima deste cotidiano.
O que a Educomunicação propõe é isso, ir
além, buscar nas formas de comunicação as especificidades históricas, técnicas
e, principalmente, suas relações críticas com o mundo atual formando cidadãos
conscientes e sujeitos históricos atuantes que consigam ler e interpretar o que
os media trazem.
Neste sentido, é
essencial que o professor se aproxime dos meios de comunicação e se familiarize
com eles, livre de preconceitos e resistências à tecnologia para aproveitar suas
potencialidades, controlando sua eficiência e uso para criar novos saberes. “A
escola deixa de ser o único local de legitimação do saber, pois existe uma
multiplicidade de saberes que circulam por outros canais, difusos e
descentralizados”, como afirma Canziani, os alunos vivem submersos nos meios de comunicação fora da
sala de aula, por isto, a mídia deve ser utilizada como proposta de fonte de
aprendizado a mais.
Na web cursos ótimos
são oferecidos gratuitamente à distancia por entidades conceituadas como o próprio MEC e Unesco para que professores aprendam a lidar
com as tecnologias .
Segue alguns links para você se informar melhor e colocar a mão na massa!
Bibliografia
CANZIANI, Tatiana de Medeiros. TV Paulo Freire: desafios para a construção de uma teltevisão educativa. Dissertação de mestrado. UFPR. 2009. Curitiba. 133p.
INSTITUTO ALGAR. Uso do jornal em sala de aula. 2014?, 46f.
JACQUINOT,
Geneviève. O
que é um educomunicador: O papel da comunicação na formação dos professores.
Palestra proferida no I Congresso Internacional de Comunicação e Educação, São
Paulo, mai.1998. Disponível em: http://www.usp.br/nce/aeducomunicacao/saibamais/textos/. Acessado em
04/06/2014.
RIBEIRO,
Regiane Regina. A Educomunicação como alternativa para criação de ecossistemas
comunicativos nas organizações: uma análise do Programa "Veja na Sala de
Aula". Revista
Comunicação e Informação, Goiânia,
v. 15, n. 2, p.80-86, 2012. Jul. Dez. Disponível em:
<http://www.revistas.ufg.br/index.php/ci/article/view/24570>. Acesso em:
12 ago. 2015.
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