quarta-feira, 8 de junho de 2016

O homem, ser comunicador por natureza.

No post de hoje vamos mostrar que somos seres comunicadores por natureza. Muitos pensam que o processo de comunicar se resume a uma mensagem e um receptor ou que existem formas de comunicar mais importantes que outras, como por exemplo, uma aula expositiva tenha menos valor que uma aula com data show. Quero mostrar para você que o ato de comunicar é tão importante que autores como Francisco Gutierrez consideram que esta ação modificou o meio cultural do homem. Também Norval Baitello Jr. vai defender que existem diferentes formas de comunicar. Ele adota a Teoria das Mídias para explicar as diferenças da comunicação e dividir este processo em três; a comunicação primária, a secundária e a terciária.
A comunicação primária é aquela onde os participantes têm como único recurso o próprio corpo para produzir linguagem, é a comunicação presencial, como por exemplo, sons, ruídos, gestos, odores. É a primeira forma de comunicar que nós desenvolvemos e por isto ela é tão importante ao ponto de interferir nas demais formas. 

A comunicação secundária é quando os corpos deixam marcas sobre suportes  ou outros corpos que podem ser repassados. É quando os laços de comunicação se expandem e vão poder ser transportados, repassados, como por exemplo, os alfabetos, ideogramas, livros, panfletos, jornais.

Já a comunicação terciária aparece com a eletricidade e a criação de aparatos que transmitem mensagens para outros aparatos similares. Esta já não requer mais a transmissão física da mensagem, mas do impulso elétrico que é indispensável para a construção de redes transmissoras, retransmissoras e captadoras. É a telefonia, radiofonia, televisão e internet.  Neste sistema, a voz ou a imagem são transmitidas imediatamente em um esforço único e atinge muito mais pessoas. Os meios terciários inauguram novas relações de tempo (escrita e da leitura) e espaço (distância).



Precisamos aplicar as diversas formas de comunicação nas aulas de História. A comunicação começa e termina entre corpos e o fato de uma ser mais simples que a outra não tira sua importância, assim, desde a aula expositiva a aquela amparada com tecnologia de ponta, o grande objetivo é transmitir mensagens, pensamentos e também recebe-los dos alunos. Comunicação não é um ato unilateral, e por isto a educação também não o é. Lidar com estas questões faz parte do contexto educomunicacional, ou seja, educar enquanto se é educado, enquanto exista uma troca de mensagens, de conhecimentos, aproveitando os ventos da mídia para tal. Outro ponto fundamental também para a proposta educomunicativa é a dialogicidade, ou seja, o sujeito é reconhecido bem mais que um receptor das mensagens, ele também faz parte do processo interferindo e o modificando as formas de pensar os as informações que chegam pelos meios de comunicação, por isto a importância da Teoria das Mídias.
Diante destas informações, acreditamos que não há uma comunicação mais importante que a outra, cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens, potencial maior ou menor. O importante é saber que não somente os meios de comunicação de massa, os da mídia terciária, são eficazes, mas também os meios de comunicação interpessoal como a oralidade e a escuta e a comunicação olfativa têm fundamental importância, por exemplo, nas salas de aula. Enquanto educadores é importante sabermos que o ato de comunicar é importante e que a presença ou ausência dele pode criar pontes ou abismos. Então, vamos amadurecer este pensamento e ver o universo escolar como local propicio de se praticar todas estas formas de comunicar e valorizá-las com nossos alunos!

Bibliografia
BAITELLO JR., Norval. A serpente, a maça e o holograma: Esboços para uma Teoria a Mídia. São Paulo: Paulus, 2010. 120 p.

GUITIERREZ. Francisco. Linguagem total: uma pedagogia dos meios de comunicação. SOARES, Wladmir (trad.), São Paulo, Summus, 1978. 106p.

Nenhum comentário:

Postar um comentário