No post de hoje vamos
mostrar que somos seres comunicadores por natureza. Muitos pensam que o
processo de comunicar se resume a uma mensagem e um receptor ou que existem
formas de comunicar mais importantes que outras, como por exemplo, uma aula
expositiva tenha menos valor que uma aula com data show. Quero mostrar para
você que o ato de comunicar é tão importante que autores como
Francisco Gutierrez consideram que esta ação modificou o
meio cultural do homem. Também Norval Baitello Jr. vai defender que existem
diferentes formas de comunicar. Ele adota a Teoria das Mídias para explicar as
diferenças da comunicação e dividir este processo em três; a comunicação
primária, a secundária e a terciária.
A
comunicação primária é aquela onde os participantes têm como único recurso o
próprio corpo para produzir linguagem, é a comunicação presencial, como por
exemplo, sons, ruídos, gestos, odores. É a primeira forma de comunicar que nós
desenvolvemos e por isto ela é tão importante ao ponto de interferir nas demais
formas.
Já
a comunicação terciária aparece com a eletricidade e a criação de aparatos que
transmitem mensagens para outros aparatos similares. Esta já não requer mais a
transmissão física da mensagem, mas do impulso elétrico que é indispensável
para a construção de redes transmissoras, retransmissoras e captadoras. É a
telefonia, radiofonia, televisão e internet.
Neste sistema, a voz ou a imagem são transmitidas imediatamente em um
esforço único e atinge muito mais pessoas. Os meios terciários inauguram novas
relações de tempo (escrita e da leitura) e espaço (distância).
Precisamos
aplicar as diversas formas de comunicação nas aulas de História. A comunicação
começa e termina entre corpos e o fato de uma ser mais simples que a outra não
tira sua importância, assim, desde a aula expositiva a aquela amparada com
tecnologia de ponta, o grande objetivo é transmitir mensagens, pensamentos e
também recebe-los dos alunos. Comunicação não é um ato unilateral, e por isto a
educação também não o é. Lidar com estas questões faz parte do contexto
educomunicacional, ou seja, educar enquanto se é educado, enquanto exista uma
troca de mensagens, de conhecimentos, aproveitando os ventos da mídia para tal.
Outro ponto fundamental também para a proposta educomunicativa é a
dialogicidade, ou seja, o sujeito é reconhecido bem mais que um receptor das
mensagens, ele também faz parte do processo interferindo e o modificando as
formas de pensar os as informações que chegam pelos meios de comunicação, por
isto a importância da Teoria das Mídias.
Diante
destas informações, acreditamos que não há uma comunicação mais importante que
a outra, cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens, potencial maior ou
menor. O importante é saber que não somente os meios de comunicação de massa,
os da mídia terciária, são eficazes, mas também os meios de comunicação
interpessoal como a oralidade e a escuta e a comunicação olfativa têm
fundamental importância, por exemplo, nas salas de aula. Enquanto educadores é
importante sabermos que o ato de comunicar é importante e que a presença ou
ausência dele pode criar pontes ou abismos. Então, vamos amadurecer este
pensamento e ver o universo escolar como local propicio de se praticar todas
estas formas de comunicar e valorizá-las com nossos alunos!
Bibliografia
BAITELLO JR., Norval. A
serpente, a maça e o holograma: Esboços para uma Teoria a Mídia. São Paulo:
Paulus, 2010. 120 p.
GUITIERREZ.
Francisco. Linguagem total: uma pedagogia dos meios de
comunicação. SOARES, Wladmir (trad.), São Paulo, Summus, 1978. 106p.
Nenhum comentário:
Postar um comentário