quarta-feira, 8 de junho de 2016

O que já deu certo com uso de redes sociais

Depois de falarmos que o uso de redes sociais é possível em sala de aula, vamos mostrar alguns exemplos fantásticos de professores que não tiveram medo de usar estas ferramentas a favor de suas disciplinas. As redes sociais muitas vezes são concorrentes pela atenção na sala, mas estes professores souberam aproveitar bem elas e adaptaram as suas realidades. São ideias aplicáveis, muito criativas e que deram “supercerto”! Vamos lá! A entrevista é do site Revista Nova Escola e você pode conferir a matéria completa lá!  Confira as melhores ferramentas e as novidades sobre o uso das TIC na sala de aula no blog
Facebook Renascentista
O professor de História Pedro Henrique Castro, do Colégio Pensi, no Rio de Janeiro, usou o Facebook com as turmas do primeiro ano do Ensino Médio. Os alunos deveriam se dividir em grupos para criar e administrar perfis de personalidades do Renascimento, como Galileu Galilei, Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel. O desafio era fazer posts e comentários que revelassem características do período e dos próprios personagens, mas associando tudo ao contexto tecnológico atual – o que, segundo o professor, “atende a um dos objetivos da História, que é usar o passado para pensar o presente”.
“Meu objetivo com o trabalho do Renascimento no Facebook era transformar os estudantes em sujeitos do próprio aprendizado. Muito se fala sobre essa meta final, mas é preciso método para chegar lá. (...) É um saber que o estudante domina, uma ferramenta na qual é artífice e uma linguagem que comporta todo tipo de expressão audiovisual. Depois de quase um ano dessa primeira experiência, pouca coisa sobrou de material, porém muito se construiu em suas formações.”


WhatsApp para a aula de Redação

Buscando desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos de uma maneira eficiente e prazerosa, o professor Nilson Douglas Castilho, que dá aulas de redação e Língua Portuguesa no Colégio Marista de Londrina, a  381 km de Curitiba, realizou um ótimo experimento envolvendo o WhatsApp. O trabalho foi feito com seis turmas do 8º e 9º anos.
“Com a ajuda da analista de tecnologia educacional do colégio, criei um grupo de discussão no WhatsApp para cada turma. Ali eu lançava um novo tema de atualidades a cada quinze dias para que os alunos pudessem discorrer a respeito. Era obrigatório que usassem pelo menos um argumento. Eles também postavam vídeos e links de outras matérias relacionadas que enriqueciam a discussão. Depois do debate via WhatsApp, os alunos produziam um texto sobre o tema. Tanto as discussões quanto a escrita da redação eram feitos no contraturno. Na aula, eu selecionava alguns comentários para discutirmos juntos. A avaliação foi contínua e envolveu o processo como um todo, tomando como base os comentários enviados. Também trabalhamos bastante em cima dos erros: quando algo requeria atenção, víamos isso em aula. É importante dizer que em nenhum momento exigimos que os alunos adquirissem um celular: escolhemos trabalhar com o WhatsApp porque todos eles já tinham celulares e usavam o aplicativo com a autorização dos pais. Percebi que as turmas passaram a se esforçar bem mais para escrever bons textos e o grupo criou condições para que todos participassem mais. O WhatsApp não substitui a participação na sala, mas expor seus argumentos por escrito antes fez com que eles ganhassem mais confiança e estímulo para apresentar suas ideias em voz alta na sala. E isso tudo refletiu em seu desempenho: o número de alunos em recuperação caiu 50%.”
Instagram histórico
O professor Eric Rodrigues (...) foi o criador de um sistema espetacular de ensino híbrido na EM Emílio Carlos, no Rio de Janeiro, onde dá aula de História. Recentemente, ele desenvolveu com sua turma do 9º ano um projeto utilizando o Instagram. Eis o que contou:
“Já que os alunos estão lidando com temas curriculares ligados ao século 20 na disciplina de História, uma rede social voltada às imagens e às fotografias pareceu extremamente válida para desenvolver um projeto que permitisse aliar pesquisa e análise de um período histórico em que os registros visuais ganharam força. Além disso, o fato de que os alunos deveriam procurar, baixar ou compor as imagens para publicar em suas contas pessoais gerou uma dimensão importante de apropriação do tema. A proposta consistiu na apresentação de imagens que pudessem dialogar com o tema Holocausto, a ser repassada para o professor e a turma. Era importante que os alunos buscassem conhecer um pouco mais da realidade dura desse evento histórico a partir dos registros da época ou mesmo criassem mosaicos, desenhos ou colagens que expressassem parte do que viveram os judeus sob o jugo do governo nazista. Pelas postagens, essa perspectiva foi apreendida. Utilizando a hashtag #1901holocausto e divididos em 8 grupos de trabalho, os alunos realizaram 22 publicações que vão de imagens dos espaços internos dos campos de concentração às pilhas de objetos pessoais deixados pelos judeus assassinados, junto com pequenas legendas que permitiram compreender que olhar e informações eles tinham obtido daquela pesquisa. A conscientização e o engajamento da turma em entender e repudiar práticas como o genocídio confirmaram a validade do projeto e as vantagens de utilizar registros históricos por meio de uma rede social”.


YouTube e produção audiovisual
Roseli Cordeiro Cardoso, professora e membro da equipe técnica de Língua Portuguesa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, é uma das responsáveis por um programa que treina professores da rede estadual para trabalhar obras literárias com os alunos usando produções audiovisuais. (...) veja o o relato dela:


“O projeto Mediação e Linguagem, criado em 2014 e em continuidade em 2015, tem por objetivo propor para alunos e professores a transposição das obras literárias para a linguagem do vídeo, do cinema e do podcast, por meio de orientações técnicas à distância (no formato de videoconferência), que contribuem para o letramento digital. A partir da formação, eles escolheram uma obra literária, que tinha sido trabalhada em sala de aula, e a adaptaram em um roteiro para curta de animação ou podcast (radionovela). Os trabalhos foram postados no Youtube, publicados em blogs e exibidos em Mostras Virtuais da SEESP. O projeto foi bastante significativo, pois com ele alunos e professores puderam anular as barreiras de sala de aula, que muitas vezes dificultam o ensino e a aprendizagem. Desde o momento da criação do roteiro até a finalização do audiovisual, eles se transformaram em colaboradores, trabalhando com o objetivo de se apropriarem da obra literária de forma prazerosa e interativa. Foi uma grande experiência para todos!”.
Além destas experiências relatadas tem muitas outras mais para servir de inspiração para você como os links abaixo que falam do uso de grupos de whatsapp. Todas estas iniciativas são motivadoras e empolgantes para qualquer professor! Vamos colocar em prática! Até breve!


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