Depois de falarmos que o uso de
redes sociais é possível em sala de aula, vamos mostrar alguns exemplos
fantásticos de professores que não tiveram medo de usar estas ferramentas a
favor de suas disciplinas. As redes sociais muitas vezes são concorrentes pela
atenção na sala, mas estes professores souberam aproveitar bem elas e adaptaram
as suas realidades. São ideias aplicáveis, muito criativas e que deram “supercerto”!
Vamos lá! A entrevista é do site Revista Nova Escola e você pode conferir a
matéria completa lá! Confira as melhores ferramentas e as novidades sobre o uso das TIC na sala de aula no blog
Facebook
Renascentista
O
professor de História Pedro Henrique Castro, do Colégio Pensi, no Rio de
Janeiro, usou o Facebook com
as turmas do primeiro ano do Ensino Médio. Os alunos deveriam se dividir em
grupos para criar e administrar perfis de personalidades do Renascimento, como
Galileu Galilei, Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel. O desafio era fazer
posts e comentários que revelassem características do período e dos próprios
personagens, mas associando tudo ao contexto tecnológico atual – o que, segundo
o professor, “atende a um dos objetivos da História, que é usar o passado para
pensar o presente”.
“Meu
objetivo com o trabalho do Renascimento no Facebook era transformar os
estudantes em sujeitos do próprio aprendizado. Muito se fala sobre essa meta
final, mas é preciso método para chegar lá. (...) É um saber que o estudante
domina, uma ferramenta na qual é artífice e uma linguagem que comporta todo
tipo de expressão audiovisual. Depois de quase um ano dessa primeira
experiência, pouca coisa sobrou de material, porém muito se construiu em suas
formações.”
WhatsApp
para a aula de Redação
Buscando desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos de uma maneira eficiente
e prazerosa, o professor Nilson Douglas Castilho, que dá aulas de redação e
Língua Portuguesa no Colégio Marista de Londrina, a 381 km de Curitiba,
realizou um ótimo experimento envolvendo o WhatsApp.
O trabalho foi feito com seis turmas do 8º e 9º anos.
“Com a
ajuda da analista de tecnologia educacional do colégio, criei um grupo de
discussão no WhatsApp para cada turma. Ali eu lançava um novo tema de
atualidades a cada quinze dias para que os alunos pudessem discorrer a
respeito. Era obrigatório que usassem pelo menos um argumento. Eles também
postavam vídeos e links de outras matérias relacionadas que enriqueciam a
discussão. Depois do debate via WhatsApp, os alunos produziam um texto sobre o
tema. Tanto as discussões quanto a escrita da redação eram feitos no
contraturno. Na aula, eu selecionava alguns comentários para discutirmos
juntos. A avaliação foi contínua e envolveu o processo como um todo, tomando
como base os comentários enviados. Também trabalhamos bastante em cima dos
erros: quando algo requeria atenção, víamos isso em aula. É importante dizer
que em nenhum momento exigimos que os alunos adquirissem um celular: escolhemos
trabalhar com o WhatsApp porque todos eles já tinham celulares e usavam o
aplicativo com a autorização dos pais. Percebi que as turmas passaram a se
esforçar bem mais para escrever bons textos e o grupo criou condições para que
todos participassem mais. O WhatsApp não substitui a participação na sala, mas
expor seus argumentos por escrito antes fez com que eles ganhassem mais
confiança e estímulo para apresentar suas ideias em voz alta na sala. E isso
tudo refletiu em seu desempenho: o número de alunos em recuperação caiu 50%.”
Instagram
histórico
O
professor Eric Rodrigues (...) foi o
criador de um sistema espetacular de ensino híbrido na EM Emílio Carlos, no Rio
de Janeiro, onde dá aula de História. Recentemente, ele desenvolveu com sua
turma do 9º ano um projeto utilizando o Instagram.
Eis o que contou:
“Já que
os alunos estão lidando com temas curriculares ligados ao século 20 na
disciplina de História, uma rede social voltada às imagens e às fotografias
pareceu extremamente válida para desenvolver um projeto que permitisse aliar
pesquisa e análise de um período histórico em que os registros visuais ganharam
força. Além disso, o fato de que os alunos deveriam procurar, baixar ou compor
as imagens para publicar em suas contas pessoais gerou uma dimensão importante
de apropriação do tema. A proposta consistiu na apresentação de imagens que
pudessem dialogar com o tema Holocausto, a ser repassada para o professor e a
turma. Era importante que os alunos buscassem conhecer um pouco mais da
realidade dura desse evento histórico a partir dos registros da época ou mesmo
criassem mosaicos, desenhos ou colagens que expressassem parte do que viveram
os judeus sob o jugo do governo nazista. Pelas postagens, essa perspectiva foi
apreendida. Utilizando a hashtag #1901holocausto e divididos em 8 grupos de
trabalho, os alunos realizaram 22 publicações que vão de imagens dos espaços
internos dos campos de concentração às pilhas de objetos pessoais deixados
pelos judeus assassinados, junto com pequenas legendas que permitiram
compreender que olhar e informações eles tinham obtido daquela pesquisa. A
conscientização e o engajamento da turma em entender e repudiar práticas como o
genocídio confirmaram a validade do projeto e as vantagens de utilizar
registros históricos por meio de uma rede social”.
YouTube e
produção audiovisual
Roseli
Cordeiro Cardoso, professora e membro da equipe técnica de Língua Portuguesa da
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, é uma das responsáveis por um
programa que treina professores da rede estadual para trabalhar obras
literárias com os alunos usando produções audiovisuais. (...) veja o o relato
dela:
“O projeto Mediação e Linguagem, criado em 2014 e em continuidade em 2015, tem por objetivo propor para alunos e professores a transposição das obras literárias para a linguagem do vídeo, do cinema e do podcast, por meio de orientações técnicas à distância (no formato de videoconferência), que contribuem para o letramento digital. A partir da formação, eles escolheram uma obra literária, que tinha sido trabalhada em sala de aula, e a adaptaram em um roteiro para curta de animação ou podcast (radionovela). Os trabalhos foram postados no Youtube, publicados em blogs e exibidos em Mostras Virtuais da SEESP. O projeto foi bastante significativo, pois com ele alunos e professores puderam anular as barreiras de sala de aula, que muitas vezes dificultam o ensino e a aprendizagem. Desde o momento da criação do roteiro até a finalização do audiovisual, eles se transformaram em colaboradores, trabalhando com o objetivo de se apropriarem da obra literária de forma prazerosa e interativa. Foi uma grande experiência para todos!”.
“O projeto Mediação e Linguagem, criado em 2014 e em continuidade em 2015, tem por objetivo propor para alunos e professores a transposição das obras literárias para a linguagem do vídeo, do cinema e do podcast, por meio de orientações técnicas à distância (no formato de videoconferência), que contribuem para o letramento digital. A partir da formação, eles escolheram uma obra literária, que tinha sido trabalhada em sala de aula, e a adaptaram em um roteiro para curta de animação ou podcast (radionovela). Os trabalhos foram postados no Youtube, publicados em blogs e exibidos em Mostras Virtuais da SEESP. O projeto foi bastante significativo, pois com ele alunos e professores puderam anular as barreiras de sala de aula, que muitas vezes dificultam o ensino e a aprendizagem. Desde o momento da criação do roteiro até a finalização do audiovisual, eles se transformaram em colaboradores, trabalhando com o objetivo de se apropriarem da obra literária de forma prazerosa e interativa. Foi uma grande experiência para todos!”.
Além destas experiências relatadas tem muitas
outras mais para servir de inspiração para você como os links abaixo que falam
do uso de grupos de whatsapp. Todas estas iniciativas são motivadoras e
empolgantes para qualquer professor! Vamos colocar em prática! Até breve!
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