Uma das grandes revoluções na tecnologia da comunicação foi
a invenção da prensa tipográfica. João Batista Perles ressalta que os chineses
foram os primeiros a imprimir livros, mas foi o alemão Gutemberg que
aperfeiçoou a técnica entre 1438 e 1440, o que possibilitou a produção de
livros em uma escala muito maior do que as cópias manuscritas. Assim, os livros
saíram nos limites dos mosteiros e se tornaram de acesso mais popular, sendo
considerado por autores como Francisco Gutierrez, “A invenção da imprensa
acrescenta uma nova dimensão à civilização da escrita. O livro é o primeiro
meio de comunicação de massa” (GUTIERREZ, 1978, p. 16), pois, foi o primeiro
método viável de disseminação de ideias e informações a partir de uma única
fonte.
Esta invenção tem sua importância na quebra de paradigmas,
porque os livros ao saírem do claustro vão para as ruas e uma parte da população
que terá acesso a eles começaram a interessarem por assuntos públicos como
política e ciência e isso foi muito importante para quebrar a hegemonia da Igreja
enquanto a única guardiã da verdade. Ainda se considera que a prensa teve
atuação tão importante que automatizou a produção de textos e antecipou a
Revolução Industrial em 1750 e ainda “a tipografia instituiu a tecnologia
moderna de comunicação, visto que, antes, o que tínhamos eram tecnologias
primitivas” (Perles, s.d., p. 8).
Perles ainda destaca que o primeiro jornal impresso do mundo
foi o Relationen, produzido por
Johann Carolus, em 1605 em Estraburgo, região hoje pertencente a França. Já o
primeiro jornal brasileiro oficial foi o Correio Brasiliense de 1808, produzido
por Hipólito José da Costa. O Correio Brasiliense era impresso em Londres,
porque a Coroa Portuguesa proibia a existência de prensas na Colônia. Mas neste
mesmo ano a família real veio para o Brasil trazendo nos navios as máquinas que
mais tarde dariam origem a Imprensa Régia, que era uma espécie de editora da
Coroa de documentos, decretos, livros. Também no mesmo ano foi criada a Gazeta
do Rio de Janeiro, jornal que publicava documentos oficiais da corte. Nos anos
posteriores foram surgindo outros periódicos.
Neste post iremos saber um pouco mais sobre o passo a passo
da notícia. Muitos professores desconhecem este caminho e é pela falta de
conhecimento do educador que este meio de comunicação é pouco usado em salas e
contudo muito rico em diversidade de noticias. Para usar o periódico enquanto
material a ser debatido em sala de aula é importante conhecer a fundo como é
feito. Mas vamos ver agora, de forma simples, o caminho da notícia até chegar
de manhãzinha em nossa casa, trabalho e bancas.
Pautas; a reunião do editor e dos jornalistas para discutir os principais assuntos e quais matérias serão publicadas. A partir daí os repórteres seguem para as ruas com a pauta na mão a qual fornece informações necessárias para o trabalho.
Pautas; a reunião do editor e dos jornalistas para discutir os principais assuntos e quais matérias serão publicadas. A partir daí os repórteres seguem para as ruas com a pauta na mão a qual fornece informações necessárias para o trabalho.
Reportagem; é todo
o trabalho de uma notícia que envolve desde a cobertura dos fatos,
interpretação de dados e a redação da matéria.
Edição e paginação; é a definição dos espaços dos textos e ilustrações
Pré-impressão
e impressão;
onde é feito os fotolitos de cada página do jornal com seu formato e cores. A
impressão é feita em gráficas.
Encartagem; ao
ser impresso o jornal vem em páginas separadas que são agrupadas de acordo com
a sequencia numérica.
Distribuição;
depois de pronto o jornal pode ser distribuído para as bancas e assinantes.
No próximo post iremos esclarecer detalhes de como se compõe
cada pedacinho do jornal e aprender seus nomes. Assim, fica mais fácil e
interessante a sua próxima leitura de um periódico!
Bibliografia
GUITIERREZ.
Francisco. Linguagem total: uma
pedagogia dos meios de comunicação. SOARES, Wladmir (trad.), São Paulo, Summus, 1978. 106p.
INSTITUTO ALGAR. Uso do jornal em sala de aula. 2014?,
46f.
PERLES. João Batista. Comunicação, fundamentos e história. p.1-17, s.d., Disponível em: <www.bocc.ubi.pt> acesso em 10 de fev. de
2016.
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