segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Podcasts, a era virtual do rádio

Já ouviu falar em podcast e não sabe o que é isto? Pois bem, hoje é o seu dia!


O Podcast são programas de rádio personalizados gravados em MP3 e disponibilizados na internet. Ou seja, é um arquivo digital que é gratuito, produzido e compartilhado e estão disponíveis para dowload em aparelhos MP3, como telefones, computadores e tablets. Eles possuem episódios e temáticas especificas e podem ser assinados em um canal, ficando disponibilizados automaticamente, como uma assinatura de revista. Tem curta, média ou longa duração e o legal é que podem ser ouvidos quando e quantas vezes você quiser!

Embora ainda não sejam muito explorados aqui nas escolas brasileiras, em países como Reino Unido eles são usados como meio de ensino na grade de escolas e universidades e o governo de lá está inclusive disponibilizando verbas para podcasters independentes que sejam direcionados para fins didáticos.

O Podcast alia informação, entretenimento, dinamismo e rapidez no processo ensino-aprendizagem, conforme o site TV escola do MEC e os alunos tanto podem ser consumidores quanto produtores destas ferramentas e ainda sua confecção é de baixíssimo custo. Como são áudios são bastante uteis para alunos com deficiência visual.

Para utilizá-los o professor precisa conhecer e selecionar o podcast antes de mostrar ao aluno e atrelar o assunto a matéria. Precisa também conhecer alguns programas de edição, que são bem simples e de fácil acesso na rede. O governo brasileiro aposta nesta ferramenta da aprendizagem e disponibilizou no site do MEC um fórum no Portal do Professor sobre como criar um podcast. Tem também o Projeto PodEscola onde alunos de escolas publicas podem hospedar seu material gratuitamente.Estes links vão te ajudar a produzir um Podcast: 
Curso de Podcast com Leo Lopes Curso de Podcast
MundoPodcast www.mundopodcast.com.br

Gente tem muuuita coisa bacana que pode ser trabalhada em sala com podcasts. Os professores de História, por exemplo, podem em vez de realizar um seminário explicando temas sobre a história do Brasil e do mundo, criar áudios sobre a matéria. Ou em Português/Literatura criar radionovelas as quais podem ajudar os professores a trabalhar com os estudantes aspectos da comunicação, como a produção textual e oralidade. Até mesmo é possível criar uma radio escolar informando alunos sobre datas de vestibulares, Enem, calendário escolar...

Neste site você pode conhecer mais sobre recuros de plataforma on line que ajudam o professor a criar e interagir com alunos com Podcasts.


Aí vai alguns Podcasts para você ouvir e se deliciar com este mundo... eu sou uma assumida apaixonada por rádio, e esta ferramenta além de ser prática, barata, criativa tem sucesso garantido com a garotada!

Podcast de Literatura 30 mim: http://feeds.feedburner.com/podcast30min
Trabalho com alunos do ensino médio sobre declamação de poemas: https://: soundcloud.com/escola_da_vila/2b-beatriznavarro-sofiapulice-mariana-anita-poetisando-podcast



Bjos e até a próxima! 

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Colocando em prática

Olá!

No dia 22 de julho tive uma experiência muito bacana e o post de hoje é para compartilhar isto com vocês.
Ofereci um mini curso “O ensino de História e os meios de comunicação” para mestrandos da terceira turma do Mestrado Profissional em História, da Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão, o qual também faço parte.
Foi uma manhã agradável e eu aprendi muito com este pessoal. Foram 12 participantes que conheceram um pouco mais sobre a Educomunicação e como podem aplicar a mesma em suas realidades.




A maioria deles são professores e me contaram das experiências que tiveram em algum momento da vida com os meios de comunicação e a sala de aula. Após três horas de minicurso eles perceberam que para se aplicar a Educomunicação nas escolas não é preciso necessariamente o uso de tecnologias da informação, mas de um preparo do educador, de boa vontade e de imaginação.


Um desenho animado do Pato Donald divertiu mais o momento e você pode acompanha-lo no link abaixo e não se surpreenda se você se identificar um pouco com Donald!




Ao final foi solicitada uma pequena narrativa sobre o que conseguiram captar sobre o minicurso e percebi que a missão foi dada e cumprida! Para mim, o essencial era que eles percebessem que os meios de comunicação são uma realidade em sala de aula e que não podemos ignorar que eles estão presentes no cotidiano dos alunos. Aproveitar este potencial e utilizá-lo a nosso favor seja da forma que acharem melhor, desde que com consciência, preparo, diálogo e respeito.
A turma é muito educada e bacana, agradeço a todos pela boa recepção.

Claro que não poderia faltar a selfie...



Até o próximo!




quarta-feira, 8 de junho de 2016

Educação digital na família e na escola

Na Era das Tecnologias o professor é praticamente obrigado a se inserir nestes meios para conseguir acompanhar os alunos. Não é uma tarefa tão horrível assim, afinal, somos seduzidos pelas redes sociais por saber o que o outro está fazendo, comendo, sentindo. O que percebo de perigoso em se tratando de Educomunicação, é que a cada segundo uma noticia tendenciosa desvirtuada é postada, compartilhada, curtida e comentada por centenas de pessoas que na maioria das vezes não se dão o trabalho de checar a veracidade da mesma. E aí que entra em cena o professor, o educomunicador, que vai trilhar ao longo de suas aulas como lidar com este bombardeamento de informações que nos chegam.

A forma das pessoas se relacionarem mudou no mundo atual. A geração de filhos criados em uma “super era digital” fez com que a insegurança do mundo real os removesse para relações de amizades virtuais. Desta forma é preciso haver uma “educação digital para que incidentes envolvendo jovens e a internet deixem de ser frequentes. Os alunos fazem uso excessivo da internet de forma indiscriminada se expondo com fotos, comentários que partem tanto para a ridicularização quanto para o risco de atrair um bandido. A educação digital primeiramente deve partir de dentro de casa no momento o qual o pai deu um celular com câmera ao filho. Deve ser explicado que não se deve tirar foto e publicar sem permissão das pessoas e eles devem ser monitorados quanto ao uso. Sim, monitorados! O processo de inicialização no ambiente eletrônico e principalmente em redes sociais deve ser ensinado como qualquer outra situação. Veja estes links com exemplos de crimes virtuais: Crimes digitais

“Escolas e professores, sejam da era digital ou da era analógica, precisam orientar sobre boa conduta digital. Dar ferramenta sem educar é um grande perigo. Mais do que usar tecnologia em sala de aula, é necessário ensinar sobre as regras do jogo, sobre as leis vigentes, sobre ética no mundo que se torna cada vez mais digital. A liberdade de expressão exige responsabilidade” (Pinheiro, 2012, p. 44)
Atualmente há movimentos que propõe que na escola seja trabalhado com os alunos cidadania e ética digital para que o individuo exerça ao máximo a sua liberdade e cidadania de forma ética, segura e legal, como afirma Pinheiro. A internet não pode ser uma terra sem lei e nenhuma outra forma de tecnologia pode estar dissociada de ética e leis. O uso ilícito ou de má fé deve ser banido bem como a delinquência digital.


É preciso zelar pela nossa reputação online e mostrar aos alunos que a internet nos dá a capacidade de expressar em tempo real para o mundo o que queremos, mas é imprescindível atentar que estes conteúdos podem perpetuar e dependendo do que é postado pode gerar consequências negativas, ofensas digitais, plágios e outros crimes. Antes vivíamos em um mundo limitado em tempo e espaço e agora ele é sem fronteiras, então, a prática da prevenção e da visão crítica na web é importante na sala de aula e no ambiente familiar para que nossos alunos não sejam vitimas e não sejam infratores do mundo virtual.

Para aprofundar mais sobre este assunto, que é muito importante, existe o Movimento “Criança Mais Segura na Internet” cuja missão é formar os professores, pais e os jovens no uso ético, seguro e legal da tecnologia com possibilidade de agendamento de palestras e até cursos de formação de voluntários à distância! Tem também material didático, cartilhas educativas de como fazer downloads na internet, os cuidados de publicar fotos alheias, não fazer justiça com o próprio mouse, vídeos de como tirar fotos de um jeito legal e como proteger sua família nas redes sociais, enfim, um vasto material de excelente qualidade e gratuito! O link do site, de cartilhas e vídeos segue abaixo. Espero que este assunto ainda te instigue a procurar saber muito mais! Até a próxima!

Redes Sociais – Movimento Família Mais Segura na Internet

Dicas de como usar o Facebook na sala de aula

Você já pensou em usar o Facebook como ferramenta de ensino com seus alunos? Muitos professores desconhecem as potencialidades desta rede social. Segundo o site canal do ensino, atualmente ela tem mais de 900 milhões de usuários no mundo todo e além de ser um local de relacionamentos é também um espaço de divulgação de noticias, de seleções de preferencias, de mostra de eventos, de expressão de opiniões e porque não de conteúdos educacionais?

Não podemos controlar o que os jovens recebem de notícias em canais como este. Vemos que a publicação de informações tomou uma proporção acelerada e descontrolada. Qualquer pessoa com um celular na mão se torna um “jornalista” e tira fotos, grava áudios ou filma uma situação. Dependendo da forma ou de quem produz esta informação temos ene interpretações, inclusive as distorcidas, mas este é assunto para outro post. Hoje quero mostrar que o Facebook pode e deve ser usado sem medo e preconceito nas aulas de todas as disciplinas.

Porém, antes de iniciar este tipo de trabalho com os alunos é preciso que o mestre saiba lidar com a ferramenta. Não precisa ser um expert, mas o básico é importante! Também é necessário que seja acordado isto entre alunos, pais e escola, para que todos saibam que esta será uma forma de aprender e por fim, dar as regras para os alunos, esclarecendo que os conteúdos serão estritamente escolares e que faz parte da avaliação da disciplina. Outro ponto importante é que o professor deve checar se todos os alunos tem acesso a internet, facebook e com qual frequência. Feito isso, vamos as dicas!

Museus: Indique páginas de museus, galerias de arte e exibições para que seus alunos possam enriquecer ainda mais o uso do Facebook e entrem em contato com diferentes conteúdos educacionais.
Contato pessoal: os estudantes podem entrar em contato com parentes distantes para fazer pesquisas genealógicas ou com personalidades locais para discutir matérias tratadas em sala de aula.
Falar com autoridades: Políticos, governantes e outras instituições também podem ser contatadas pelos alunos para despertar a participação política e o ensino de valores de cidadania e democracia.
Jogos Educacionais: Muitos dos jogos disponíveis no Facebook são educacionais. Você pode estabelecer metas e fazer um campeonato interno entre os alunos.
Livros: peça para que os alunos compartilhem no Facebook suas opiniões e análises sobre os livros que você pediu para lerem.
Nota extra: Organize uma pequena gincana com os alunos e passe atividades relâmpago pela rede social para que eles realizem dentro de um prazo limitado. Além disso, você pode postar atividades extras, sem que haja limitação de tempo ou gincana.
Notícias: Se você for professor de geografia, por exemplo, e estiver tratando de geopolítica, pode pedir aos alunos que reúnam as principais matérias sobre o tema e compartilhem em suas páginas para gerar discussões e debates. As mais comentadas poderão virar assunto em sala de aula para maior desenvolvimento.
Causas: a rede social possibilita a criação de grupos para defender causas. Estimule seus alunos para que se reúnam e façam um movimento, projeto, etc. Eles podem procurar por problemas nas áreas em que vivem ou ao redor da escola.
Etiqueta online: dê dicas e instruções sobre como se comportar online, segurança na internet, como evitar fraudes e golpes, como funciona a polícia em crimes cibernéticos e como denunciar possíveis abusos e outros crimes online.
Exercícios: em épocas de prova, você pode postar exercícios e atividades para que os alunos pratiquem os conteúdos que serão cobrados.
Perfis falsos: em aulas de história, por exemplo, você pode pedir que os alunos criem perfis falsos de personagens históricos, como Napoleão Bonaparte.
Notícias da escola: peça aos alunos que sirvam como fontes de notícias e postem na página da escola ou da sala quais são os próximos eventos ou provas. Você pode separar uma pessoa específica para essa função.
Vídeos: você pode armazenar vídeos de aulas, palestras ou outros conteúdos relevantes para criar uma videoteca virtual acessível para os alunos e pais.
Perguntas: O Facebook disponibiliza a ferramenta de perguntas, que pode ser muito útil, tanto para os alunos quanto para os professores. Você pode criar enigmas ou deixar o aplicativo disponível para que os alunos tirem dúvidas online.
Escrita colaborativa: Você pode montar uma atividade de escrita colaborativa onde cada aluno faz parte do texto. O resultado pode ser um pequeno livro ou apostila.
Canal: para públicos maiores, você pode organizar uma fórum de discussão em tempo real, enquanto os conteúdos são transmitidos em sala ou depois.
Notas: nessa ferramenta, os alunos podem compartilhar os trabalhos ou textos e receber a opinião dos colegas e dos professores.
Debates: Se você não tem tempo suficiente para continuar um debate em aula, leve-o para o grupo da sala online e continue a discutir as ideias.
Mapa: em aulas de geografia, peça aos alunos que compartilhem fotos, informações e mapas de seus locais preferidos.
Assuntos: preste atenção nas conversas e debates online (não apenas da sala, mas em geral) por que estes botem gerar assuntos para discussão em sala de aula.
Livros: Marque livros para download que os alunos podem utilizar para leitura complementar ou obrigatória.
Universidades: as universidades possuem páginas online que facilitam o acesso de futuros estudantes e informações.
Sebos: procure por grupos de sebos ou outras lojas para que os alunos possam adquirir materiais mais baratos.
E então, gostaram? E olha que tem muito mais! No link abaixo vocês irão encontrar 100 dicas de como utilizar o Facebook em sala de aula! Isso mesmo, 100 dicas! Dá para usar e abusar da imaginação e a cada dica dá vontade de colocar em prática imediatamente! Até mais...

O que já deu certo com uso de redes sociais

Depois de falarmos que o uso de redes sociais é possível em sala de aula, vamos mostrar alguns exemplos fantásticos de professores que não tiveram medo de usar estas ferramentas a favor de suas disciplinas. As redes sociais muitas vezes são concorrentes pela atenção na sala, mas estes professores souberam aproveitar bem elas e adaptaram as suas realidades. São ideias aplicáveis, muito criativas e que deram “supercerto”! Vamos lá! A entrevista é do site Revista Nova Escola e você pode conferir a matéria completa lá!  Confira as melhores ferramentas e as novidades sobre o uso das TIC na sala de aula no blog
Facebook Renascentista
O professor de História Pedro Henrique Castro, do Colégio Pensi, no Rio de Janeiro, usou o Facebook com as turmas do primeiro ano do Ensino Médio. Os alunos deveriam se dividir em grupos para criar e administrar perfis de personalidades do Renascimento, como Galileu Galilei, Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel. O desafio era fazer posts e comentários que revelassem características do período e dos próprios personagens, mas associando tudo ao contexto tecnológico atual – o que, segundo o professor, “atende a um dos objetivos da História, que é usar o passado para pensar o presente”.
“Meu objetivo com o trabalho do Renascimento no Facebook era transformar os estudantes em sujeitos do próprio aprendizado. Muito se fala sobre essa meta final, mas é preciso método para chegar lá. (...) É um saber que o estudante domina, uma ferramenta na qual é artífice e uma linguagem que comporta todo tipo de expressão audiovisual. Depois de quase um ano dessa primeira experiência, pouca coisa sobrou de material, porém muito se construiu em suas formações.”


WhatsApp para a aula de Redação

Buscando desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos de uma maneira eficiente e prazerosa, o professor Nilson Douglas Castilho, que dá aulas de redação e Língua Portuguesa no Colégio Marista de Londrina, a  381 km de Curitiba, realizou um ótimo experimento envolvendo o WhatsApp. O trabalho foi feito com seis turmas do 8º e 9º anos.
“Com a ajuda da analista de tecnologia educacional do colégio, criei um grupo de discussão no WhatsApp para cada turma. Ali eu lançava um novo tema de atualidades a cada quinze dias para que os alunos pudessem discorrer a respeito. Era obrigatório que usassem pelo menos um argumento. Eles também postavam vídeos e links de outras matérias relacionadas que enriqueciam a discussão. Depois do debate via WhatsApp, os alunos produziam um texto sobre o tema. Tanto as discussões quanto a escrita da redação eram feitos no contraturno. Na aula, eu selecionava alguns comentários para discutirmos juntos. A avaliação foi contínua e envolveu o processo como um todo, tomando como base os comentários enviados. Também trabalhamos bastante em cima dos erros: quando algo requeria atenção, víamos isso em aula. É importante dizer que em nenhum momento exigimos que os alunos adquirissem um celular: escolhemos trabalhar com o WhatsApp porque todos eles já tinham celulares e usavam o aplicativo com a autorização dos pais. Percebi que as turmas passaram a se esforçar bem mais para escrever bons textos e o grupo criou condições para que todos participassem mais. O WhatsApp não substitui a participação na sala, mas expor seus argumentos por escrito antes fez com que eles ganhassem mais confiança e estímulo para apresentar suas ideias em voz alta na sala. E isso tudo refletiu em seu desempenho: o número de alunos em recuperação caiu 50%.”
Instagram histórico
O professor Eric Rodrigues (...) foi o criador de um sistema espetacular de ensino híbrido na EM Emílio Carlos, no Rio de Janeiro, onde dá aula de História. Recentemente, ele desenvolveu com sua turma do 9º ano um projeto utilizando o Instagram. Eis o que contou:
“Já que os alunos estão lidando com temas curriculares ligados ao século 20 na disciplina de História, uma rede social voltada às imagens e às fotografias pareceu extremamente válida para desenvolver um projeto que permitisse aliar pesquisa e análise de um período histórico em que os registros visuais ganharam força. Além disso, o fato de que os alunos deveriam procurar, baixar ou compor as imagens para publicar em suas contas pessoais gerou uma dimensão importante de apropriação do tema. A proposta consistiu na apresentação de imagens que pudessem dialogar com o tema Holocausto, a ser repassada para o professor e a turma. Era importante que os alunos buscassem conhecer um pouco mais da realidade dura desse evento histórico a partir dos registros da época ou mesmo criassem mosaicos, desenhos ou colagens que expressassem parte do que viveram os judeus sob o jugo do governo nazista. Pelas postagens, essa perspectiva foi apreendida. Utilizando a hashtag #1901holocausto e divididos em 8 grupos de trabalho, os alunos realizaram 22 publicações que vão de imagens dos espaços internos dos campos de concentração às pilhas de objetos pessoais deixados pelos judeus assassinados, junto com pequenas legendas que permitiram compreender que olhar e informações eles tinham obtido daquela pesquisa. A conscientização e o engajamento da turma em entender e repudiar práticas como o genocídio confirmaram a validade do projeto e as vantagens de utilizar registros históricos por meio de uma rede social”.


YouTube e produção audiovisual
Roseli Cordeiro Cardoso, professora e membro da equipe técnica de Língua Portuguesa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, é uma das responsáveis por um programa que treina professores da rede estadual para trabalhar obras literárias com os alunos usando produções audiovisuais. (...) veja o o relato dela:


“O projeto Mediação e Linguagem, criado em 2014 e em continuidade em 2015, tem por objetivo propor para alunos e professores a transposição das obras literárias para a linguagem do vídeo, do cinema e do podcast, por meio de orientações técnicas à distância (no formato de videoconferência), que contribuem para o letramento digital. A partir da formação, eles escolheram uma obra literária, que tinha sido trabalhada em sala de aula, e a adaptaram em um roteiro para curta de animação ou podcast (radionovela). Os trabalhos foram postados no Youtube, publicados em blogs e exibidos em Mostras Virtuais da SEESP. O projeto foi bastante significativo, pois com ele alunos e professores puderam anular as barreiras de sala de aula, que muitas vezes dificultam o ensino e a aprendizagem. Desde o momento da criação do roteiro até a finalização do audiovisual, eles se transformaram em colaboradores, trabalhando com o objetivo de se apropriarem da obra literária de forma prazerosa e interativa. Foi uma grande experiência para todos!”.
Além destas experiências relatadas tem muitas outras mais para servir de inspiração para você como os links abaixo que falam do uso de grupos de whatsapp. Todas estas iniciativas são motivadoras e empolgantes para qualquer professor! Vamos colocar em prática! Até breve!


Rompendo preconceitos:o uso dos meios de comunicação na escola

Por estarem presentes no dia a dia das crianças, os meios de comunicação, na maioria das vezes, são vistos como vilões sutis que influenciam as crianças, tanto por pais quanto por professores. Segundo a linha Regiane Ribeiro a admiração que as crianças tinham por seus pais, avós e tios são transferidas na adolescência aos atores, atrizes, cantores, jornalistas e apresentadores da televisão, cinema, rádio, internet. Este é um dos motivos que faz de extrema importância a escola trabalhar os meios de comunicação e também ensinar o aluno a receber da forma mais proveitosa possível a quantidade gigantesca de informações a qual é exposto todos os dias.
No bojo desta discussão, autores como Genevière Jacquinot (1998), revela em seus estudos que é importante reconhecer que não existe somente um saber midiático e outro saber escolar. Primeiro porque seja ou não de nossa vontade os alunos irão ter contato com o mundo além de casa e depois porque a escola e os meios de comunicação possuem pontos em comum sendo o que se aprende na escola pode ajudar a compreender o que eles veem na mídia e vice-versa.
A partir de 1940 mudam-se os impactos dos meios de comunicação na educação e sobre o que se acreditava de comunicação pedagógica, a qual enfatiza uma educação unidirecional de emissor para receptor e “diabolizavam” a relação escola-televisão, fazendo com que os professores temessem esta relação em particular.
O que observamos atualmente é que os professores utilizam, por exemplo, de fotografias, reportagens e cinema, que ao serem apresentados aos alunos, quase sempre funcionam como ilustração, complementação ou substituição de algum conteúdo das várias disciplinas e não estão revestidos de profundidade e contextualização. 
O uso das tecnologias em sala de aula devem ser vistos não como solução milagrosa ou um novo método de ensino, eles são uma forma de ensinar que foi gerada pela necessidade de se aproximar os conteúdos das disciplinas ao mundo a uma realidade. É uma nova compreensão do processo de ensino aprendizagem onde o cotidiano também faz parte. Ao se usar filmes ou jogos é preciso haver um objetivo maior que apenas deixar a aula mais interessante e envolvente para prender a atenção dos alunos, a preocupação tem que ser de entender o processo de construção de raciocínios sobre a realidade a partir das imagens do cotidiano e que eles possam produzir uma leitura mais critica e elaborada em cima deste cotidiano.
O que a Educomunicação propõe é isso, ir além, buscar nas formas de comunicação as especificidades históricas, técnicas e, principalmente, suas relações críticas com o mundo atual formando cidadãos conscientes e sujeitos históricos atuantes que consigam ler e interpretar o que os media trazem.
Neste sentido, é essencial que o professor se aproxime dos meios de comunicação e se familiarize com eles, livre de preconceitos e resistências à tecnologia para aproveitar suas potencialidades, controlando sua eficiência e uso para criar novos saberes. “A escola deixa de ser o único local de legitimação do saber, pois existe uma multiplicidade de saberes que circulam por outros canais, difusos e descentralizados”, como afirma Canziani, os alunos vivem submersos nos meios de comunicação fora da sala de aula, por isto, a mídia deve ser utilizada como proposta de fonte de aprendizado a mais.
Na web cursos ótimos são oferecidos gratuitamente à distancia por entidades conceituadas como o próprio MEC e Unesco para que professores aprendam a lidar com as tecnologias . Segue alguns links para você se informar melhor e colocar a mão na massa!




Bibliografia
CANZIANI, Tatiana de Medeiros. TV Paulo Freire: desafios para a construção de uma teltevisão educativa. Dissertação de mestrado. UFPR. 2009. Curitiba. 133p.
INSTITUTO ALGAR. Uso do jornal em sala de aula. 2014?, 46f.
JACQUINOT, Geneviève. O que é um educomunicador: O papel da comunicação na formação dos professores. Palestra proferida no I Congresso Internacional de Comunicação e Educação, São Paulo, mai.1998. Disponível em: http://www.usp.br/nce/aeducomunicacao/saibamais/textos/. Acessado em 04/06/2014.
RIBEIRO, Regiane Regina. A Educomunicação como alternativa para criação de ecossistemas comunicativos nas organizações: uma análise do Programa "Veja na Sala de Aula". Revista Comunicação e Informação, Goiânia, v. 15, n. 2, p.80-86, 2012. Jul. Dez. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/ci/article/view/24570>. Acesso em: 12 ago. 2015.


O homem, ser comunicador por natureza.

No post de hoje vamos mostrar que somos seres comunicadores por natureza. Muitos pensam que o processo de comunicar se resume a uma mensagem e um receptor ou que existem formas de comunicar mais importantes que outras, como por exemplo, uma aula expositiva tenha menos valor que uma aula com data show. Quero mostrar para você que o ato de comunicar é tão importante que autores como Francisco Gutierrez consideram que esta ação modificou o meio cultural do homem. Também Norval Baitello Jr. vai defender que existem diferentes formas de comunicar. Ele adota a Teoria das Mídias para explicar as diferenças da comunicação e dividir este processo em três; a comunicação primária, a secundária e a terciária.
A comunicação primária é aquela onde os participantes têm como único recurso o próprio corpo para produzir linguagem, é a comunicação presencial, como por exemplo, sons, ruídos, gestos, odores. É a primeira forma de comunicar que nós desenvolvemos e por isto ela é tão importante ao ponto de interferir nas demais formas. 

A comunicação secundária é quando os corpos deixam marcas sobre suportes  ou outros corpos que podem ser repassados. É quando os laços de comunicação se expandem e vão poder ser transportados, repassados, como por exemplo, os alfabetos, ideogramas, livros, panfletos, jornais.

Já a comunicação terciária aparece com a eletricidade e a criação de aparatos que transmitem mensagens para outros aparatos similares. Esta já não requer mais a transmissão física da mensagem, mas do impulso elétrico que é indispensável para a construção de redes transmissoras, retransmissoras e captadoras. É a telefonia, radiofonia, televisão e internet.  Neste sistema, a voz ou a imagem são transmitidas imediatamente em um esforço único e atinge muito mais pessoas. Os meios terciários inauguram novas relações de tempo (escrita e da leitura) e espaço (distância).



Precisamos aplicar as diversas formas de comunicação nas aulas de História. A comunicação começa e termina entre corpos e o fato de uma ser mais simples que a outra não tira sua importância, assim, desde a aula expositiva a aquela amparada com tecnologia de ponta, o grande objetivo é transmitir mensagens, pensamentos e também recebe-los dos alunos. Comunicação não é um ato unilateral, e por isto a educação também não o é. Lidar com estas questões faz parte do contexto educomunicacional, ou seja, educar enquanto se é educado, enquanto exista uma troca de mensagens, de conhecimentos, aproveitando os ventos da mídia para tal. Outro ponto fundamental também para a proposta educomunicativa é a dialogicidade, ou seja, o sujeito é reconhecido bem mais que um receptor das mensagens, ele também faz parte do processo interferindo e o modificando as formas de pensar os as informações que chegam pelos meios de comunicação, por isto a importância da Teoria das Mídias.
Diante destas informações, acreditamos que não há uma comunicação mais importante que a outra, cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens, potencial maior ou menor. O importante é saber que não somente os meios de comunicação de massa, os da mídia terciária, são eficazes, mas também os meios de comunicação interpessoal como a oralidade e a escuta e a comunicação olfativa têm fundamental importância, por exemplo, nas salas de aula. Enquanto educadores é importante sabermos que o ato de comunicar é importante e que a presença ou ausência dele pode criar pontes ou abismos. Então, vamos amadurecer este pensamento e ver o universo escolar como local propicio de se praticar todas estas formas de comunicar e valorizá-las com nossos alunos!

Bibliografia
BAITELLO JR., Norval. A serpente, a maça e o holograma: Esboços para uma Teoria a Mídia. São Paulo: Paulus, 2010. 120 p.

GUITIERREZ. Francisco. Linguagem total: uma pedagogia dos meios de comunicação. SOARES, Wladmir (trad.), São Paulo, Summus, 1978. 106p.